sábado, 22 de março de 2014

Transtornos de Comportamento

Lucas Cano 

1.                  Transtornos de Conduta, Transtorno de Personalidade Antissocial e Psicopatia
No presente tópico abordaremos os transtornos relacionados ao comportamento do indivíduo, isto é, seu modo de agir, com fito de traçar parâmetros científico-dialéticos acerca da formação psicótica e sociopata e, por conseguinte, alcançar um conceito adequado do Serial Killer.
Os diagnósticos de alteração de comportamento, como o Transtorno Desafiador Opositivo e o Transtorno de Conduta, são geralmente encontrados pela primeira vez na infância e adolescência que, se não diagnostica e brecado, podem evoluir em perturbações psicóticas mais gravosas, tais como: o transtorno de personalidade anti-social, comumente desenvolvida após os 18 anos; e a psicopatia, normalmente atribuída ao último estágio da TPAS.
Ainda é comum na prática forense tratar o transtorno de personalidade anti-social e a psicopatia como sinônimos. Contudo, trata-se de conceitos divergentes. Tal diferença tem esteio no tipo de avaliação ou diagnostico adotada; o transtorno de personalidade anti-social é baseado em critérios comportamentais, enquanto o diagnostico de psicopatia está mais relacionado aos traços de personalidade geralmente avaliados por meio de um questionário chamado checklist (Revised Psychopathy Checklist).  Ademais, costuma dizer que a psicopatia é um transtorno de personalidade e não uma perturbação mental.
Neste sentido, preleciona o Professor Jorge Trindade (2004, p. 199):
[...] existem indicadores que sugerem que a psicopatia pode ser um ponto posterior na linha de continuidade (evolução) do transtorno de personalidade anti-social, isto é, um seguimento mais especifico que conteria todos os sintomas caracterizadores do transtorno, mas com uma atenção restrita aos fatores psicológicos ao invés dos fatores comportamentais.
1.1.                Transtornos de Conduta
O transtorno “comportamental” de conduta compreende a perturbações no modo do agir social de crianças e adolescente, manifestando-se, comumente, entre antes dos 10 anos ou depois, ou seja, no início da infância e depois da adolescência. Podendo, inclusive, apresentar níveis diferentes de gravidade; leve, moderado e severo.
A perturbação no comportamento causa prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional do sujeito acometido desta enfermidade
Neste ínterim, cumpre observar a definição atribuída pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos (DSM – IV, 1995): Sujeito com um padrão repetitivo e persistente de comportamento no qual são violados os direitos básicos dos outros ou normas ou regras sociais importantes e apropriadas à idade, manifestado pela presença de três (ou mais) dos seguintes critérios nos últimos 12 meses, com pelo menos um critério presente nos últimos 6 meses.
1.1.1.          Fatores desencadeadores do Transtorno de Conduta
Segundo Holmes apud Jorge Trindade (2004, p. 201),
parece haver relação entre Transtorno de Conduta e serotonina, um tipo de neurotransmissor que está relacionado ao papel inibidor de respostas punitivas. Sujeitos com Transtorno de Conduta apresentam baixos níveis de serotonina, fato associado a níveis mais altos de agressão.
Outro ponto pertinente consiste na relação entre o Transtorno de Conduta e o nível do hormônio masculino, testosterona. Elevados níveis desse hormônio estão relacionados a comportamentos agressivos.
Além dos fatores fisiológicos acima elencados, existem outros relacionados a componentes ambientais e genéticos. Assim, filhos biológicos de pais com Transtorno de Conduta apresentam grande proporção a desenvolver o mesmo enfermo mental ou diverso com mesma natureza (DSM – IV, 1995). Também, agora mais relacionado ao ambiente, pode o filho adotivo de pai com Transtorno de Personalidade Anti-Social ou que possua um irmão com Transtorno de Conduta, desenvolver a mesma patologia.
1.2.                Transtorno de Personalidade Antissocial
Trata-se de uma patológica comportamental historicamente concebida sob diversos rótulos: insanidade sem delírio (Pinel, 1806); insanidade moral (Prichard, 1837); delinquente nato (Lombroso, 1911); psicopatia (Koch, 1891); e sociopatia (Lykken, 1957). Atualmente, segundo descrito no DSM – IV, é denominado como Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS).
Aqueles acometidos pelo Transtorno de Personalidade Antissocial costumam ser destrutivos e emocionalmente instáveis. Eles desorganizam o meio e as relações sociais.  Comumente intitulados de egosintônicos, ou seja, fazem mal as pessoas ao seu entorno, mas parecem estar sempre bem, não sentido culpa nem necessidade de reparar os danos que causam.
Usualmente, quando falamos em Transtorno de Personalidade Anti-Social, considerando os traços característicos desta patologia, assemelhamos a figura do estelionatário. Nada incomum porque o estelionatário, normalmente, possui Transtorno de Personalidade Antissocial. Apesar disso, não é possível presumir que todo aquele acometido desta patologia comete crimes, da mesma forma que criminalidade não é sinônimo de Transtorno de Personalidade Antissocial.
As pessoas com indicadores de personalidade anti-social frequentemente se dizem indivíduos “sem consciência”, porquanto são desprovidos de culpa, ansiedade ou remorso.  São extremamente impulsivos e apresentam atitude temerária. Além disso, são indivíduos hedonistas, ou seja, buscam o prazer a qualquer preço. Parecem guiados por desejos exaltadamente egoístas. Neste raciocínio afirma Jorge Trindade (p.202), “as pessoas com Transtorno de Personalidade Antissocial parecem ser incapazes ou indispostas a adiar a gratificação de suas necessidades e, consequentemente, agem de modo impulsivo, apenas com seus próprios desejos em mente.”
Outros sintomas são a superficialidade de sentimentos e a ausência de apegos emocionais aos outros. Apesar da falta de apego emocional é rotineiro àqueles que apresentam personalidade antissocial manifestarem, verbalmente e com eloquência, sentimentos e comprometimentos.
É imperioso relatar que as pessoas com Transtorno de Personalidade Antissocial costumam ser inteligentes e possuir habilidade retóricas apuradas, utilizando-se desses requisitos para ludibriar terceiros argumentando de maneira a justificar suas conduta de maneira aparentemente lógica.  Outrossim oportuno, esse indivíduos não se beneficiam com o castigo e repreensão, tentando sempre, por intermédio de uma argumentação articulada, convencer  os outros de sua inocência.
Vale ressaltar, que o Transtorno de Personalidade Antissocial só é diagnosticável a partir dos 18 anos de idade, haja vista não ser possível falar em antissocialidade da criança ou adolescente porque os mesmos são personalidades em desenvolvimento.
Entretanto, é de bom alvitre mencionar as palavras do Professor Jorge Trindade (2004, p. 202):
No entanto, este transtorno não é considerado uma doença ou um transtorno mental que qualifique o acusado como inimputável. Isso porque as desordens de personalidade, nas quais este transtorno se encontra, não são vistas como doenças que prejudiquem a capacidade de controle das emoções, ou de diferenciar o certo do errado. 
Por fim, de acordo com Holmes (1997), há indicadores quantitativos de que o Transtorno de Personalidade Antissocial é mais comum em sujeitos do sexo masculino, numa proporção de 4,5% para homens e 1% para mulheres. Ademais, o período correspondente a decadência patológica do indivíduo é no final da adolescência ou no inicio da vida adulta, mais precisamente aos 40 anos de idade (em 1/3 dos casos).
1.2.1.          Fontes do Transtorno de Personalidade Antissocial
O Transtorno de Personalidade Antissocial é resultado da combinação de fatores genéticos com fatores sociais ou ambientais. A má estruturação familiar e uma construção social instável podem ensejar em defict de controle impulsivo individual. Isso, associado a predisposição genética para impulsividade, pode causar a disfunção da região frontal e límbica do cérebro,  acarretando em distúrbios de comportamento na infância e, posteriormente, desenvolvimento de Transtorno de Personalidade Antissocial.
Posto isso, verbaliza Jorge Trindade (2004, p. 204):
No sujeito com Transtorno de Personalidade Anti-Social, o ambiente familiar costuma falhar na inibição do comportamento, apresentando-se débil e fraco na tarefa do controle do impulso. Além da predisposição genética, têm-se apontadas como causa patologias da região frontal e límbica do cérebro. Alguns estudos sugerem que os indivíduos com Transtorno de Personalidade Anti-Social apresentam uma redução na área cinzenta do cérebro, denominada córtex, mais precisamente do lobo frontal, quando comparados com sujeitos sem o Transtorno. O prejuízo do funcionamento adequado da região frontal pode levar a falhas na inibição do comportamento, quer dizer à impulsividade e, conseqüentemente, a esta patologia (sic).
1.3.                Psicopatia
No final do século XVIII, foi introduzido o termo personalidade psicopática, para definir um amplo grupo de patologias de comportamento sugestivas de psicopatologia, porém não enquadrada no conceito de transtorno mental. Neste mesmo entendimento e de maneira polêmica, ratifica o Professor Jorge Trindade (2004, p.206): “Não sem críticas, pode-se dizer que a psicopatia não é propriamente um transtorno mental. Mais adequado parece considerar a psicopatia como um transtorno de personalidade”.  
Segundo McCord e McCord apud Maranhão (1995, p. 85):
O psicopata é anti-social. Sua conduta freqüentemente o leva a conflitos com a sociedade. Ele é impelido por impulsos primitivos e por ardentes desejos de excitação. Na sua busca auto-centrada de prazeres, ignora as restrições de sua cultura. O psicopata é altamente impulsivo. É um homem para quem o momento que passa é um segmento de tempo separado dos demais. Suas ações não são planejadas e ele é guiado pelos seus impulsos. O psicopata é agressivo. Ele aprendeu poucos meios socializados de lutar contra frustrações. Tem pequeno ou nenhum sentimento de culpa. Pode cometer os mais apavorantes atos e ainda rememorá-los sem qualquer remorso. Tem uma capacidade pervertida para o amor. Suas relações emocionais, quando existem, são estéreis, passageiras e intentam apenas satisfazer seus próprios desejos. Estes dois últimos traços: ausência de amor e de sentimento de culpa marca visivelmente o psicopata, como diferente dos demais homens.
Sendo a psicopatia um transtorno patológico inerente a personalidade do individuo, isto é, os modelos de pensamento, comportamento e sentimentos moldados a cada situação social, os estudioso tem partilhado do entendimento de que esta é a condição mais grave de desarmonia na formação da personalidade.
Para Cleckley (1941-1976) o psicopata típico apresenta as seguintes características:
Charme superficial e boa inteligência, ausência de delírios e outros sinais de pensamento irracional, ausência de manifestações psiconeuróticas; falta de confiabilidade; insinceridade; falta de remorso ou vergonha; comportamento anti-social e inadequadamente motivado; julgamento pobre e dificuldade para aprender com a experiência; egocentricidade patológica e incapacidade para amar; pobreza geral nas relações afetivas; específica falta de insight; falta de responsividade na interpretação geral das relações interpessoais; comportamento fantástico com o uso de bebidas; raramente suscetível ao suicídio; interpessoal, trivial e pobre integração da vida sexual; e falha para seguir planejamento vital.
O psicopata costuma ser bastante violento, agindo sempre por uma autonomia axiológica, ou seja, segundo valores próprios que diferem daqueles socialmente difundidos, mais ainda, podem ser considerados repugnantes pela sociedade aqueles inseridos a personalidade do psicopata. Por essa razão, não obstante a tendência desviante desta patologia, o psicopata pratica crimes socialmente chocantes com traços de crueldade atingindo medularmente as relações sociais.
Neste esteio, leciona Jorge Trindade (2004, p. 207):
O psicopata segue uma escola de valores que não coincide com os valores sociais. Agindo por critério próprio, revela uma forma própria de valoração. Não é capaz de avaliar o custo de seu desejo egoísta. Para ele o importante é satisfazer esse desejo a qualquer preço, ‘custe o que custar’. Bem entendido, custe o que custar aos outros, desde que ele nada tenha de pagar ou, pelo menos, que saia em desmedida vantagem.
Esses sujeitos, patologicamente perigosos, não internalizam a noção de lei, transgressão, punibilidade e culpa. Pelo contrário, colocam-se acima da lei, quando na verdade estão fora e aquém do mundo da cultura. Atuam de maneira articulada e planejada, no afã de realizar um “serviço” bem sucedido e de acordo com os fins daquele grupo, não por companheirismo, mas por uma realização individual. Embora a grande capacidade de compor roteiros para consecução de seus desejos, os psicopatas são imediatistas, por esse motivo não conseguem sustentar seus planos por muito tempo – confundem o presente com o futuro (presenteístas). Quando flagrados ou pegos usufruem da defesa aloplástica, isto é, imputam a culpa por seus erros aos outros.
Neste lamiré, o psicopata é determinando segundo três eixos da personalidade, quais sejam: relacionamento interpessoal perturbado em função da sua arrogância, presunção, egoísmo, insensibilidade e necessidade de manipulação (relacionamento); não constituem vinculo afetivo (afetividade); e são agressivos, impulsivos e violam regras e leis (comportamento).
Por fim, cumpre frisar, que a violência empregada pelo psicopata na prática de atos criminosos depende do seu nível de inteligência, porquanto os indivíduos com maior grau de articulação e inteligência normalmente não recorrem a violência para consecução de seu desejo, ao contrário do psicopata com menor capacidade intelectual.
1.3.1.          Psicopatia e o Transtorno de Personalidade Antissocial
É oportuno, neste tópico, repetir o que dissemos anteriormente: o transtorno de personalidade anti-social é baseado em critérios comportamentais, enquanto o diagnostico de psicopatia está mais relacionado aos traços de personalidade geralmente avaliados por meio de um questionário chamado checklist (Revised Psychopathy Checklist). Ademais, costuma dizer que a psicopatia é um transtorno de personalidade e não uma perturbação mental.
Acrescenta o Professor Jorge Trindade (2004, p. 208):
O conceito de psicopatia, embora se sobreponha ao te Transtorno de Personalidade Anti-Social (TPAS), como ele não se confunde tecnicamente. De acordo com o Manual de Escala Hare, em versão brasileira de Morana (2004), os sujeitos psicopatas preenchem os critérios para Transtorno de Personalidade Anti-Social (TPAS), mas nem todos os indivíduos com Transtorno de Personalidade Anti-Social (TPAS) preenchem critérios para psicopatia.
Por conseguinte continua o autor (2004, p.208): “O transtorno de Personalidade Anti-Social, tal como se encontra descrito na quarta edição do DSM – IV, está estritamente relacionado com o fator comportamental, mas não com o emocional, do PCL – R”.
1.3.2.      Serial Killer
Segundo Fernández (2002) apud Bonfim, “psicopata e assassino em série são termos que inicialmente soam distintos, mas que em casos extremos podem confluir em um mesmo sujeito”.
Não implica afirmar que todo psicopata é serial killer, bem como que todo serial killer é um psicopata. Inexiste essa regra preestabelecida. Ademais, existem os psicóticos e psicopatas, enquanto estes têm suas causa determinante o transtorno de personalidade aqueles provêm de uma doença mental, podendo o serial killer enquadrar-se em ambos os conceitos.
Os assassinos em série ou seriais killers, manifestam as seguintes características psicopatas: agressividade, impulsividade, imoralidade e insensibilidade. Classificam-se em: visionário, pois ouvem ou vêem coisas; missionários, são aqueles que matam determinado grupo de pessoas; emotivos, normalmente os que cometem crimes sexuais e sentem prazer no sofrimento da vítima.
Fogem da realidade, vivendo em um mundo fantasioso, o que o torna compulsivo, interferindo diretamente em seu comportamento. O crime passa a ser sua fantasia, e a vítima, o objeto para realizar sua fantasia.
Esses indivíduos, quando da demonstram seu transtorno psicótico ou sua psicopatia, perpassam por algumas fazes. Conforme leciona Norris apud Casoy (2002, p. 17), fases dos assassinos seriais, sendo elas:
[...] fase áurea: em que o assassino começa a perder a compreensão da realidade; fase da pesca: quando o assassino procura a sua vítima ideal; fase galanteadora: quando o assassino seduz ou engana sua vítima; fase da captura: quando a vítima cai na armadilha; fase do assassinato ou totem: auge da emoção para o assassino; fase da depressão: que ocorre depois do assassinato. 

Referências Bibliográficas 

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